domingo, 15 de agosto de 2010

O Rebanho

  “A Nação não se confunde com um partido,

   um partido não se identifica com um Estado.”



     António de Oliveira Salazar in “O Citador”





O Professor Agostinho da Silva, com aquela figura diria que quase de boçal e pensamento um pouco anarquista, era um Intelectual de formação, grande pensador e filósofo popular, como houve poucos em Portugal. Recordo-me de alguns anos antes do seu falecimento, o escutar numa entrevista que deu à então RTP.

Ao ser questionado pelo entrevistador se era verdade que não pagava impostos, o Professor respondeu com todo o desassombro que sim, pois enquanto os políticos não explicassem cabalmente onde os mesmos eram aplicados, dele não levariam nada. Eu sou um desobediente civil, disse então Agostinho da Silva.

Palavras sábias e premonitórias. Está demonstrado à saciedade o mau uso que os últimos governos socialistas deram aos nossos impostos.

E continuam a sugar-nos, como se o culpado da situação fosse o povo e não os incompetentes que nos governam e governaram. Incompetentes e sanguessugas dos nossos contributos para a nação sob a forma de impostos.

Para fazer face à incompetência governativa, temos aí o PEC 1, o PEC 2 e os que mais virão. Cortes nas prestações sociais. Para algumas, as mais necessárias para os idosos e reformados, a bitola são as economias de toda uma vida. Em vez de se ir cortar nas reformas de luxo, atribuídas a quem não tem carreira contributiva, o garotelho que é secretário de estado da tutela vem, com toda a arrogância, informar que e passo a citar de memória “…não faz sentido o estado continuar a comparticipar medicamentos a quem tenha de economias um valor superior a 100.000,00 euros”.

Tem-se uma carreira contributiva de 40 anos e mais, para se receber uma reforma de miséria que por vezes não ultrapassa os 200,00 euros e só porque se privou, durante toda uma vida, de férias de luxo nos paraísos tropicais e afins, de gastos supérfluos, para construir um pé de meia para a velhice e/ou para deixar como herança aos seus filhos e netos, para virem agora os larápios do estado levar-nos novamente contribuições para a segurança (?) social?

Cavaco tem duas reformas. Quantas têm Soares e a corja de ministros, ex-ministros, gestores públicos, políticos no activo e na reserva? É fartar vilanagem. Tirem-nas a esses!!!

E despesas supérfluas do estado? Comprem a revista Sábado de 27 de Maio de 2010 e vejam os milhões que o Governo e as Autarquias esbanjam em festarolas, renovação de frotas automóveis, brindes, pagamento a artistas convidados, etc., etc., para que o rebanho de carneiros, que somos todos nós, continuemos anestesiados. Os milhões que se poupavam neste esbanjamento evitavam subidas desmesuradas de impostos e cortes em apoios sociais merecidos. Mas não! É preciso aumentar as receitas mas nada de cortar nas despesas. E depois, como se alimentavam tantos “boys”? Ainda se ao menos houvesse um laivo de competência nos mesmos.

Mas este governo raia a hipocrisia. Da mentira já estamos fartos de saber que são peritos. Eles próprios já se convencem de que, tantas vezes propaladas, já são verdades.

Depois do ataque ao parco aforro de uma vida, vêm agora, qual cisne cantando, pedir-nos para que financiemos o estado com esse mesmo aforro, subscrevendo títulos do tesouro, pois cada vez é mais difícil financiarem-se no estrangeiro, devido à situação calamitosa em que se encontra a economia. Para quê, para tal financiamento ser esbanjado como é normal? E será que seremos um dia reembolsados dessas economias que entregamos ao estado ou irão sugá-las com impostos inventados? Ou pior que isso, não se irão perder devido à insolvência desse mesmo estado? Já nada me admira, quando ao arrepio da Constituição decretam impostos com efeitos retroactivos.

E tanto Cavaco como a oposição fazem apenas um pequeno ruído de fundo, pois as eleições vêm aí e são precisos votos.

O Economista João Luís César das Neves é dos que mais se insurge contra as medidas deste governo para resolver a crise. “…são sempre os mesmos a pagá-la, os mais desfavorecidos, a classe média baixa, os reformados, em suma, os que não têm poder reivindicativo. Com os opulentos não se metem…”

Claro, o Senhor pensa que se vão meter com eles próprios?

Recordando Saldanha Sanches, socorramo-nos do seu último artigo publicado no jornal Expresso de 15 de Maio de 2010, já depois do seu falecimento, com um título sugestivo: “Os papa reformas”.

Escrevia aquele professor: “O que é uma verdadeira esquizofrenia é que nada se faça neste momento de verdadeiro aperto das finanças públicas. (…) além das vassalagens, não podemos esquecer os outros papa-reformas, profissionais da acumulação de reformas públicas, semipúblicas e semiprivadas. Basta ver o caso do Banco de Portugal, ou outros menos imorais, que permitem que uma série de cidadãos – gente séria, acima de qualquer suspeita – se alimente vorazmente, em acumulações de pensões, reformas e complementos, que começam a receber em tenra idade. Muitas vezes até com carreiras contributivas virtuais, sem trabalho e com promoções (dizem que para isto são muito boas a Emissora Nacional/RTP e a Carris) (…)”.

Lúcido até ao fim… Manuel Alegre tem uma reforma da Emissora Nacional superior a três mil euros mensais por ter sido, durante um curtíssimo período de tempo depois da abrilada, seu director de programas. Segundo o próprio quando questionado sobre esta vergonha, afirmou com ar de pseudo espanto, nem saber de tal “coisa”. Pelos vistos o Professor já sabia…

Quando deixaremos de ser cordeiros e vestimos a pele de lobo? Ou então todos e cada um de nós se transforme num Professor Agostinho da Silva e deixe de pagar impostos enquanto não formos cabalmente informados do seu destino.

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

La Traviata de Verdi

Para variar e para não ser sempre política, apreciem esta maravilha no Mercado de Valência.

E agora tenham a coragem de afirmar que não gostam de ópera. Que gostosura!!!

Basta clicar no link abaixo.

http://www.youtube.com/atenordelaopera

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Nem Luz nem Túnel

“O Sr. 1º Ministro é um perfeito "Vendedor de Ilusões",
por vezes até ele acredita no que diz. Esquece é que acaba
 por cair em contradições, algumas perigosas para Portugal
 e enganosas para os Portugueses. O Povo já começou
 a abrir os olhos e isso é perigoso para os Políticos…”

Professor Dr. Medina Carreira, escrito em 2010



     No preciso momento em que alinhavo estas linhas, centenas de milhar de portugueses manifestam-se em Lisboa contra as medidas de austeridade, leia-se roubalheira, com que fomos presenteados pelos políticos que nos governam e pelos outros, os que os apoiam e que segundo as últimas sondagens tomarão o lugar dos primeiros nas próximas eleições, antecipadas ou não.

     Como dá para perceber nada de bom nos espera nem aos nossos filhos. Talvez no tempo dos nossos netos. A não ser… Não, estava a sonhar!!!

     Pela Internet chegam-nos miríades de informações sobre as “proezas” dos nossos políticos, cada uma pior que a anterior.

     Mas uma coisa é certa portugueses, tenhamos a certeza de que andamos a navegar sem rumo. Estou em crer que o sujeito que diz ser ministro das finanças, está completamente desnorteado. Ele e os “boys” do seu ministério, já nem à vista navegam, andam pura e simplesmente à deriva.

     Parafraseando os comunistas e os bloquistas, são sempre os mesmos a pagar a crise, ou seja, os que menos podem. Um corte de 5% num ordenado de miséria, acrescido de um aumento de 1% no IRS, é um drama. O mesmo corte e um aumento de 1,5% a quem ganha milhões são menos um almoço num restaurante de luxo. Sim porque estes tipos não vão às tascas.

     E são estes, ministros, gestores de “topo” e deputados da nação, sejam eles de que partidos forem, que nos pedem sacrifícios. Já escutaram por acaso os próprios deputados comunistas ou os do bloco de esquerda a proporem uma redução de 20 % nos seus ordenados? Claro que não, ficam-se pelos 5%, mas em contrapartida aumenta-se-lhes o subsídio de transporte. Uma coisa anula a outra…

     E nós calados!!!

     Como podemos acreditar nos políticos que temos, se o deputado socialista, que zela pela ética entre os seus pares é, nem mais nem menos, que o açoriano Ricardo Rodrigues, que segundo José Maria Martins, advogado, intitula no seu “Blog” como crápula e tiranete. E continua:

     “É vergonhoso que o PS tenha metido nas listas de deputados Ricardo Rodrigues. Vergonhoso! Digo-o no âmbito da minha liberdade de expressão e opinião. Digo-o como cidadão político. (…) Todos se lembram que Ricardo Rodrigues se demitiu do Governo Regional dos Açores aquando do caso de pedofilia, conhecido como Caso Farfalha. Agora aparece como homem forte do PS”.

     Continua o Dr. José Maria Martins a alongar-se em considerações, cada uma mais horrenda que a anterior, a respeito desta iminência parda do regime, cuja última façanha foi a de ter “subtraído”, em plena Assembleia da República, os gravadores dos jornalistas que o entrevistavam, por não gostar das perguntas que lhe estavam a ser feitas versando todos os casos obscuros da sua vida política. Este acto “subtractivo”, foi unanimemente apoiado pelos seus pares do Partido. Certo, certo é que se continua a passear impune e autoritariamente pelos corredores do poder sem que ninguém tenha a coragem de o desmistificar. Ou então não será falta de coragem mas outros motivos mais obscuros.

     Poderia perder-me em mais considerações sobre outras figuras gradas do regime, começando pelo primeiro-ministro. Mas fico-me por aqui, pois quero fazer uma ligeira incursão pelas presidenciais que já começam a bulir.

     Mas antes de o fazer, gostaria de deixar um alerta aos meus concidadãos. Há um ditado que diz, em ocasiões apropriadas que e passo a citar, “já se vê a luz ao fundo do túnel”. No momento actual e sob todos os pontos de vista, éticos, morais, sociais, económicos e políticos, nem luz e muito menos túnel. Apenas um negríssimo buraco.

     Mas voltemos às presidenciais.

     Em 27 de Janeiro de 2006, nesta mesma coluna e sob o título “Habemus Presidentum”, confessei que votei Cavaco Silva, afinal o “mal menor”. Se arrependimento matasse…

     Para avaliar da coragem desta personagem, que nunca comenta nada, sempre com aquele esgar afivelado no rosto, a imitar um sorriso, avalie-se dos pressupostos aduzidos aquando da aprovação da lei que permite os casamentos entre indivíduos do mesmo sexo. Como dizia uma amiga querida e perdoem-me a liberdade de linguagem, os “cagamentos gay”.

     Disse então Cavaco Silva na patética comunicação ao país que, embora fosse contra as suas convicções, aprovava a lei pois não valia a pena vetá-la dado que, voltando a mesma à Assembleia da República seria aprovada. Homem de coragem e sobretudo de convicções que diz ter mas não tem. Ah, já me esquecia e também por causa da crise!!! Onde estão a ética e os princípios, de que tanto se fez eco na campanha eleitoral? Vá-se embora Sr. Presidente. Se é só para viver à custa dos nossos impostos, não está cá a fazer nada. Se o fizesse seria uma poupança importante no orçamento da nação!!!

     Como já vou longo e como o jornal me impõe um espaço delimitado vou ter de terminar.

     Sobre Manuel Alegre, a personagem que muitos combatentes da guerra ultramarina, sobretudo na de Angola, recordam com asco, prometo falar no próximo artigo.

     Isto se nenhum terramoto político acontecer entretanto. Até lá.

domingo, 1 de agosto de 2010

O Sapo que aspirou ser boi

Esta é a crónica da polémica, melhor, da censura, escrita e não publicada aos 15 de Junho de 2000
“A sociedade já não é o que foi; não pode tornar a ser o que era; mas muito menos ainda pode ser o que é. O que há-de ser, não sei.”




Almeida Garrett



Ser sapo tem que se lhe diga. Não é sapo quem quer, mas sim quem nasce predestinado a sê-lo.

Tem de se estar imbuído de uma certa prosápia, nem que a mesma seja balofa. Ter bons pulmões para emitir coaxares fortes, parecer que é dotado de inteligência superior e possuir bons músculos nos membros anteriores, para dar o salto quando necessário, ou seja, quando a situação o exija.

Mas pior que ser sapo e se reduzir à sua mediania, é esse sapo pretender ser boi, como o da fábula, só que na verdade nenhum batráquio consegue inchar até ser boi. Alguns o serão mesmo sem incharem!!!

O sapo de que hoje vos falo é um sapo normal. Usou a técnica da insuflagem mas não conseguiu passar de um nascituro bezerrito. Não deu para ser mais. O estofo era pouco. Sempre se valeu de figuras de retórica e de uma mediana dialéctica (em terra de cegos quem tem olho é rei!!!), para fazer crer aos incautos que era boi. Ajuda solicitada umas vezes aqui, outras ali, foi fazendo boa figura. Mas nunca deixou de ser uma batraquial personagem, medíocre, vivente do reino do faz de contas, coaxando ora à esquerda, ora à direita, ora ao centro, como é timbre desta raça. Apesar de temido por na crendice popular se lhe atribuir o dom de possuir um poderoso veneno, o que é falso, as suas secreções glandulares, apenas vão causando algumas irritações ligeiras na pele de quem por elas é atingido.

Longe de ser o príncipe da fábula a quem o beijo da princesa devolveu o verdadeiro ser, o sapo desta história será talvez a antítese do outro. O seu beijo destila maldade, transformando, ou tentando transformar os seres em que toca, abaixo de sapo. Só que a fada madrinha vai estando por perto, impedindo as más metamorfoses desejadas.

Mesmo assim, consegue ter um pequeno séquito de sapinhos aduladores, que se sentem desamparados quando o sapo da história lhes falta. Tentam então eles fazer-se eco das sapais lucubrações. Pobres seres sem autonomia e inteligência próprias!!!

Numa coisa se esmerou. No fortalecimento muscular dos membros anteriores. Na altura própria pulou, sem antes dar umas coaxadas de desprezo e de maldizer.

É imperativo que a sociedade não continue a ser o que é.

O sapo desta fábula partiu, sem nunca chegar a ser boi. Ao menos valha-nos isso!!!

Rigor e Coragem - A explicação devida

Confesso que nunca fui tentado por estas modernices. Criar um “blog”. Sim, para quê se depois não tenho tempo nem paciência para nele transmitir a minha mensagem, para me dar a conhecer, nem que seja apenas uma ínfima parte do meu eu.


Sempre tive um certo gosto pela escrita. Ainda nos bancos de escola, eu era o “fazedor” de serviço de redacções. Composições, creio que é o termo moderno.

Como um dia disse minha mulher, mais em forma de reconhecimento dos meus dotes literários (a imodéstia não é o meu forte) do que em tom de crítica jocosa, sou um contador nato de histórias.

Penso que tal como António Aleixo, “…digo verdades a rir…”.

Por vezes não serão assim tão sorridentes como a pouco e pouco poderão constatar. Comecei a alinhavar algumas crónicas para um dos jornais que se publica em Mangualde, no já longínquo ano de 1993, a convite do então director, crónicas que depois coligi em livro, em edição do autor, em 1999.

O tema e quando ainda era tabu falar nele, era a Guerra que se travou no então Ultramar português, nomeadamente em Moçambique, província ultramarina onde há 62 anos vi a luz do dia. Tentei dar voz às gerações de combatentes que serviram a Pátria naquela guerra em geral e em particular numa unidade de elite sedeada em Mueda, o Esquadrão de Cavalaria 2, onde tive a honra de servir com Sargento Miliciano e cujo lema era Força, Ardil e Coração. Do triunvirato do lema e com o devido equilíbrio, de todos fizemos uso. Que o digam os inimigos de então!!!

Terminado que foi este tema fiz, ainda naquele jornal, uma incursão por outros, como os políticos e as crónicas de “escárnio e maldizer” até ao dia em que uma delas foi alvo do lápis azul da censura. O então director, que ao que me dizem foi saneado pelo administrador, disse-me que o censor teria sido este último, que se teria sentido retratado na crónica que intitulei “O sapo que queria ser boi”, baseado numa conhecida fábula.

Hoje que tanto se fala e com toda a razão, da falta de liberdade de imprensa, é algo que não me espanta. Os meios é que se vão tornando mais refinados. Ou talvez não!!!

Mas afinal se nunca passou pelas minha cogitações a criação de um “blog”, porquê ter embarcado nesta aventura?

Os artigos que escrevo passam indubitavelmente pela apreciação do meu núcleo duro familiar, minha mulher que invariavelmente não concorda com a dureza e verdade dos mesmos, temendo pela minha segurança, minha filha que “…sim, mas também…”, mas que tirando esse pequeno “quiproquó” está de acordo com as apreciações do seu progenitor e meu filho “…está boa pai, pena que se fique só por um jornal de província, pois as tuas verdades deveriam chegar àqueles gajos…”. Minha nora, pelo reduzido tempo em que pertence ao “núcleo duro” familiar, ainda não está “engajada” no esquema. O termo engajada fez-me recuar quase quarenta anos no tempo, tempo em que a Frelimo tomou conta da minha terra, que lhe foi oferecida numa bandeja bordejada com excrementos pelos revolucionários de Abril.

E como faço a minha mensagem chegar mais longe, indaguei? Cria um “blog” e divulga-o. Se a minha voz, revolta, verdade, denúncia ou o que lhe queiram chamar, chegará ao conhecimento de mais pessoas do que aquelas que têm acesso ao “Notícias da Beira”, o futuro o dirá. Estou esperançado que sim. Experimentem visitar o .

É neste cantinho que irei publicar a minha colaboração a passada e a presente com aquele jornal, que me franqueou um espaço onde pudesse exprimir tudo aquilo de que vos falei atrás. Com uma pequena ressalva. Primeiro sairá no jornal e quinze dias depois publicarei essa crónica neste meu espaço. Devo isso ao Jornal. Uma questão de princípio, algo de que me prezo respeitar.

Mas porquê “RIGOR E CORAGEM”?

Partindo do axioma de que todos os nossos actos são eminentemente políticos, vali-me do lema de campanha por mim escolhido quando fui candidato pelo meu Partido de sempre à autarquia de Mangualde. O momento escolhido ou indirectamente imposto para avançar com tal candidatura, era politicamente difícil, uma vez que ainda em coligação autárquica com o PPD/PSD e em que os “nossos” vereadores tinham reduzido a nossa “existência” a pouco mais que zero, só um acto de coragem me levaria a aceitar tal candidatura. Fi-lo com um grupo de Amigos, a maioria dos quais não era sequer militante ou simpatizante do meu Partido. Por isso sempre soube e sempre saberei dar valor à amizade. Um punhado de jovens, também eles com coragem.

Rigor porque era a minha, a nossa única promessa naquela candidatura, sabendo como sabia que a falta do mesmo delapidara os cofres da Autarquia. É óbvio que me quedei pelo mesmo terceiro lugar de sempre. Perdão, apenas nas primeiras eleições autárquicas depois da abrilada, fomos legítimos vencedores com maioria absoluta, data a partir da qual nos quedámos sempre por aquele último lugar do pódio. Outros tempos, outras gentes…

E é afinal esse “Rigor” e essa “Coragem” que sempre pautou e pautará a minha vida. Até que a voz me doa. Mas sempre com coragem…

É assim que escrevo daí o motivo porque escolhi este título!!!

Espero que apreciem a minha maneira de ser e de estar na vida. E quando visitarem o meu “blog”, espero que sintam o mesmo gozo que eu sinto em cada linha que escrevo.

E um obrigado ao meu “núcleo duro”. E porque não, também aos amigos de sempre, àqueles que me lêem e que me vão felicitando e também a alguns portugueses anónimos da diáspora que fazem o favor de me visitar aquando das suas férias e que ainda vão tendo a coragem de amar este país destroçado pela incompetência, pela corrupção, pela falta de princípios, de valores e sei lá que mais, dando-me alento para continuar.

Um Bem-Haja a todos.